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Venezuela, Equador, Colômbia e Peru formam pódio do Hackaton CoAfina

Xenofobia, microplásticos, obras de domínio público e zonas úmidas foram os quatro grandes temas de impacto social abordados pelas equipes vencedoras do CoAfina que convenceram o júri de avaliação pela qualidade das soluções propostas com o uso de dados abertos no hackathon latino-americano de ciência e educação, realizado nos dias 19, 20 e 21 de julho. O pódio desta terceira edição foi formado por estudantes de sete universidades da Venezuela, Equador, Colômbia e Peru.

(Fonte: LA-CoNGA Physics) Oitenta estudantes de mais de quarenta universidades da América Latina se atreveram a formar equipes multiculturais e resolver remotamente qualquer um dos doze desafios em diferentes áreas científicas e humanísticas de impacto social, apresentados por profissionais e pesquisadores de diferentes partes do mundo, nesta iniciativa que visa criar comunidades na América Latina e formar novas gerações em torno de dados abertos. Veja os desafios apresentados na terceira edição do CoAfina, aqui.

O primeiro lugar foi concedido à equipe denominada “Función Delta Pizza”, formada por quatro estudantes de física da Universidad Centroccidental Lisandro Alvarado (Venezuela), Adriana Araña, Dalia García, Víctor Sánchez e Bárbara Guanipa, que deram uma solução para a detecção de tópicos e discursos negativos apresentados nas notícias dos jornais colombianos sobre a migração venezuelana. Esse desafio foi apresentado por Mairene Tobón, membro da Fundação Entre Dos Tierras na Colômbia.

O segundo lugar ficou com a equipe “Neotropical 2.0″, formada por estudantes da Universidad Simón Bolívar (Venezuela), da Universidad de Los Andes (Venezuela) e da Universidad Central de Venezuela; e da Escuela Superior Politécnica del Chimborazo, no Equador. As áreas de estudo dos participantes dessa equipe foram: biologia (Emilio Toledo e Rubén Niño), física (Andrés Caña e Cristian Usca) e antropologia (Isabella Sánchez). Essa equipe convenceu o júri com seu caminho de solução para a triagem cidadã de microplásticos, um desafio apresentado por Marga Rivas, da Universidade de Cádiz (Espanha), e Iskya Garcia, da Creative Commons (Venezuela).

O terceiro lugar foi concedido à equipe “Book Finders”, formada por quatro estudantes venezuelanos da Universidad de Los Andes (Venezuela), Universidad Nacional Experimental del Transporte (Venezuela) e Universidad Central de Venezuela, nas áreas de física (Reinaldo Díaz, Juan Martínez e Richard Brito) e engenharia (Anibal Pico). Essa equipe concentrou sua solução na ideia de otimizar uma ferramenta de busca venezuelana para obras de domínio público, escalável para outros países, um desafio apresentado por José Luis Mendoza, do Centro Latino-Americano de Pesquisa na Internet, na Venezuela.

Por fim, a equipe denominada “Data Fixers” recebeu uma menção especial pela solução para a ideia de reconhecimento cidadão das transformações de zonas úmidas na Colômbia, um desafio apresentado por Alejandra Melfo e Yelitza León, da Universidad de Los Andes (Venezuela) e Óscar Altuve, da Universidad Simón Bolívar, na Venezuela. Essa equipe era formada por dois estudantes de engenharia de sistemas da Universidad Autónoma de Bucaramanga (Colômbia): Adrián Parra e Luis Jaimes; um estudante de física da Universidad Nacional de Trujillo (Peru); e um estudante de engenharia eletrônica da Universidad Nacional de Ingeniería (Peru).

Destaques do CoAfina 2024

David Sierra, professor da Universidade Tecnológica de Bolívar (Colômbia), que propôs dois desafios na CoAfina 2024, disse que ficou satisfeito com o entusiasmo e a criatividade que as equipes trouxeram para suas propostas. “Estou impressionado com a agilidade desses estudantes de todas as Américas, com a disposição que eles têm e com as ideias que geram em equipe”, disse Sierra. Por sua vez, Iskya García, desafiante e membro do comitê organizador da CoAfina, parabenizou explicitamente todas as equipes pelo compromisso de aceitar algo que transcende sua área de especialização e descreveu isso como uma expressão de assumir um papel de agente de mudança na América Latina.

Por fim, Reina Camacho, pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa da França (CNRS) e uma das coordenadoras do CoAfina, destacou a capacidade das novas gerações na América Latina de participar ativamente de práticas que constituem formas diferentes de fazer ciência. “Estamos entusiasmados em saber que alguns dos desafios que foram resolvidos nessas três edições podem se tornar protótipos a serem desenvolvidos a médio prazo, com a participação da comunidade que se junta à CoAfina”, uma iniciativa que já compilou vinte desafios no uso de dados abertos e que podem se tornar exemplos a serem replicados na América Latina.

A cerimônia de premiação foi encerrada com um agradecimento às organizações que fortaleceram a sustentabilidade dessa iniciativa. O CoAfina é co-organizado por LA-CoNGA Physics em colaboração com a Creative Commons Venezuela, a RedCLARA e a Rede Acadêmica do Equador (CEDIA). Esta edição foi financiada pelo Open Research Funders Group (ORFG), INAIT, Software Sustainability Institute (SSI) e Open Life Science (OLS). “Vejo vocês em uma edição futura” foi a promessa dessa comunidade que cresce a cada ano.

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