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David West, DANTE: “Para os governos as redes de pesquisa tem se tornado a infra-estrutura essencial para o desenvolvimento nacional e regional”

Expirado

Gerente dos projetos CAREN, EUMEDCONNECT3 e TEIN3, David West compartilha aqui das suas visões a respeito do futuro das redes de pesquisa e ensino e a importância da colaboração global, abrindo, com as suas respostas, um ciclo no qual a RedCLARA buscará apresentar os olhares dos líderes regionais das redes avançadas sobre estas questões.

David WestO que vem à mente do senhor quando escuta um pesquisador falar sobre colaboração?
Aparentemente, essa é cada vez mais a forma em que a pesquisa é conduzida; foi dito antes, mas com a ciência se tornando megaciência, e os laboratórios, “colaboratórios”, a conexão das instalações dedicadas à pesquisa de todo o mundo, é vital. Gostaria que os pesquisadores soubessem que para ajudá-los a colaborar em escala global hoje existem e-Infraestruturas disponíveis para eles onde quer que eles estejam.

O que identificaria como o mais importante das redes de pesquisa e ensino?
Proporcionando a largura de banda dedicada, as redes de pesquisa e ensino permitem os investigadores compartilharem conhecimentos de forma rápida e simples. Para o cientista, a conexão a uma rede de pesquisa e ensino pode se manifestar como uma videoconferência que é clara como o cristal, como uma sessão ininterrupta de telecirurgia ou como a possibilidade de participar de experiências em grande escala. A Internet comercial não pode proporcionar essa transferência de dados confiável e lucrativa. Sem redes de pesquisa e ensino, os pesquisadores das regiões em desenvolvimento teriam menos possibilidades de participar de importantes iniciativas internacionais de pesquisa, e em alguns casos não poderiam participar de modo algum. Para os governos as redes de pesquisa tem se tornado a infra-estrutura essencial para o desenvolvimento nacional e regional.

Como o senhor descreveria o papel de CAREN, EUMEDCONNECT3 e TEIN3, tanto regionalmente quanto globalmente?
Dentro de uma região geográfica podem existir objetivos de pesquisa e interesses compartilhados; por exemplo, na Ásia Central, onde funciona CAREN, as prioridades de pesquisa incluem a observação da Terra para mitigar os efeitos dos desastres naturais ou a vigilância de determinadas doenças locais. No entanto, esta visão se torna cada vez mais global; sabemos que a pesquisa da malária é realizada internacionalmente, como uma doença que afeta muitas regiões do mundo. Do mesmo modo a pesquisa de culturas, e é assim como estas redes regionais devem ter uma ligação global. E têm mesmo.

Quão importante é para CAREN, EUMEDCONNECT3 e TEIN3 a colaboração com outras redes regionais e quais as formas em que elas colaboram no mundo?
Todas estas redes se conectam à GÉANT, a rede pan-europeia e assim existe o potencial para a colaboração de região para região. Um exemplo concreto que identificamos recentemente é que os pesquisadores de gestão de terras no norte da África precisavam transferir grandes imagens de satélites para centros especializados na França para o seu processamento e encaminhamento à África para serem usados, e para isso utilizavam – utilizam – as conexões de EUMEDCONNECT3 e GÉANT. Existem muitos exemplos mais deste tipo nos estudos de casos que podem ser encontrados pesquisando nos sites regionais: www.tein3.net. www.eumedconnect3.net e www.caren.dante.net.

Como o senhor acha que vai mudar a colaboração global entre as redes regionais nos próximos anos?

Eu vejo que vai continuar se intensificando à medida que mais países aderirem aos programas de redes regionais, enquanto as capacidades de redes aumentarão e a ciência e a pesquisa exigirão acesso ubíquo a recursos e dados no mundo todo. Acho que esta é uma tendência irreversível com grandes benefícios para todos os que ajudam os países em desenvolvimento a participarem nas mesmas condições em pesquisa colaborativa internacional.

Poderia descrever a sua visão das redes de I+D no futuro?

Acho que as redes de I+D continuarão avançando na sua capacidade e estando à frente dos serviços comerciais para dar aos pesquisadores serviços que aumentem a segurança, a acessibilidade e a capacidade de gestão da experiência dos usuários na rede. Crescentemente serão disponibilizados, por meio da nuvem das redes de I+D, recursos adicionais: Alguns desenvolvidos dentro da comunidade de I+D, outros utilizando o melhor das aplicações comerciais. Enquanto a unidade base das redes de I+D continuará sendo o nível nacional, o trabalho entre as redes regionais e o desenvolvimento destas redes será cada vez mais importante em outras regiões do mundo, como já é na Europa.

Rambla República de México 6125.
Montevideo 11400. Uruguay.

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