O site de RedCLARA usa cookies para te oferecer a melhor experiência possível na web.

Ao continuar a usar este site, você concorda em que armazenemos e acessemos cookies em seu dispositivo. Por favor, certifique-se de ler a Política de Cookies. Learn more

I understand

Ken Sylvester, Diretor-Executivo da CKLN: “Somos o garoto novo da vizinhança”

Ken Sylvester é o líder da Rede de Conhecimento e Aprendizagem do Caribe (CKLN), instituição que completou recentemente a instalação do tronco da Rede de Pesquisa e Educação do Caribe (C@ribnet). A partir da sua função central nessa região, ele compartilha conosco as suas visões em relação ao papel das redes de pesquisa e educação, e a importância da colaboração global.

 

 

Ken Sylvester, CKLN

O que vem na sua cabeça quando escuta um pesquisador falar sobre a colaboração?

Eu penso numa pessoa ou numa organização dedicada à pesquisa esperando expandir o espectro dos seus estudos por meio da inclusão e colaboração com outros que estão interessados no mesmo assunto. Talvez acrescentando uma perspectiva ou orientação diferente. Por exemplo, se alguém está fazendo uma pesquisa no papel dos pais jovens na vida dos seus filhos, isto poderia ser ao mesmo tempo um estudo qualitativo e outro quantitativo sobre uma coorte particular de homens num país. No entanto, se houvesse outro pesquisador ou instituto de pesquisa conduzindo um estudo sobre o mesmo grupo ou outro semelhante de homens em outro país, ambos poderiam se beneficiar tanto da comparação e contraste dos resultados como do desenvolvimento de uma análise em comum. Ou poderia ser que o outro pesquisador estivesse concentrado em fatores econômicos muito concretos que afetam a tomada de decisões dos homens. Cada um destes estudos poderia perfeitamente ser fortalecido e enriquecido graças à colaboração. No entanto, o que é realmente importante é que os resultados da pesquisa possam “ser traduzidos” em termos simples para que eles sejam utilizados, especialmente pelos responsáveis políticos, e, finalmente, não servir apenas para o benefício da pesquisa, mas para um desenvolvimento maior dos nossos países e da região. A outra implantação é obvia e é que colaborando é possível esticar o escasso financiamento para a pesquisa, e a relação pessoal entre os indivíduos é acrescentada à riqueza da globalização.

 

O que identificaria como sendo o mais importante das redes de pesquisa e educação?

As redes de pesquisa e educação proporcionam uma plataforma para a colaboração e as alianças para conseguir economias de escala para desenvolver o conhecimento e a pesquisa. Elas estão habilitando as instituições de ensino e aprendizagem, os pesquisadores, os grupos de interesses especiais e as organizações regionais para se comunicarem e se fortalecerem, contribuindo para o desenvolvimento dos nossos países. Acho que especialmente a capacidade de trabalhar com outros que têm perspectivas, culturas e ideias diferentes permite crescer na compreensão e (idealmente) orienta para um entendimento maior, uma apreciação e inclusive talvez para a adaptação das ideias e os conceitos.

 

Como descreveria o papel da CKLN, tanto regionalmente quanto globalmente?

A CKLN é uma agência regional da Comunidade do Caribe (CARICOM) e por isso responde aos Chefes de Estado dos 20 estados-membros. Os chefes deram à CKLN o mandato de estabelecer a infraestrutura para a rede regional, C@ribnet, e facilitar o desenvolvimento das Redes Nacionais de Pesquisa e Educação (RNIEs) que serão os grupos de usuários da rede. Por isso, realmente somos facilitadores, estamos incubando as RNIEs e permitindo a colaboração, pois organizamos reuniões entre as RNIE do Caribe e outras do mundo por meio das conexões internacionais com outras redes como RedCLARA, GÉANT, Internet2, UbuntuNet Alliance, APAN, etc. A CKLN é vista como a provedora da crítica, e a partir dessa perspectiva está começando a ser vista como um aliado importante para as instituições regionais exploradoras de aplicativos que precisam de conectividade regional e internacional. Da mesma forma, as redes internacionais veem que este buraco já se conectou e começou a se relacionar ativamente com o Caribe por meio da CKLN.

 

O quanto é importante para CKLN a colaboração com outras redes regionais e de que maneira ela colabora globalmente?

A colaboração é fundamental para nós, e estamos felizes de que redes como a RedCLARA tenham estado presentes desde o início. Temos sido capazes de nos beneficiarmos de certas habilidades que ela não tem ainda no Caribe; por exemplo, a engenharia e o desenvolvimento de aplicativos. Nós somos o garoto novo da vizinhança, e assim procuramos aqueles que são mais experientes para que nos guiem e ajudem até identificarmos e fortalecermos as habilidades que temos dentro das nossas próprias fileiras no Caribe. Recentemente colaboramos com a RedCLARA no primeiro Dia Virtual Global proporcionando um apresentador e um tradutor para a sessão. Vemos que uma vez que as RNIEs regionais forem mais estáveis, este tipo de esforços de colaboração aumentarão, e a CKLN não deixará de animar e facilitá-los na medida do possível. Isto se estende às possibilidades de ensino e aprendizagem através do mundo, pois existem assuntos e setores específicos nos quais a região tem algumas perspectivas e vantagens únicas. Com certeza os governos podem utilizar a rede para dialogar mais profundamente e frequentemente sobre assuntos críticos regionais, e isto, obviamente, estende-se internacionalmente.

Como acha que mudará nos próximos anos a colaboração global entre redes regionais?

A geração atual nasceu na era digital, portanto têm expectativas de como se comunicam. Suas demandas e usos guiarão a mudança das redes nos próximos anos. Velocidade, alta resolução, tempo real, acesso sem fio em vários aparelhos. Será crítica a capacidade das redes para gerenciar tráfico, garantir segurança, a velocidade de resposta dos serviços, etc.

 

O senhor poderia descrever a sua visão das redes de pesquisa e educação no futuro?

Eu vejo as redes de pesquisa e educação se tornando não só nacionais, mas atravessando as nações. Assim nós teremos uma rede da Jamaica, da Argentina, da Itália, e também redes dos poetas, dos físicos, dos geólogos, dos coreógrafos, etc. Haverá mais redes especializadas que utilizarão as suas respectivas redes nacionais e regionais. Será um momento emocionante no qual as nossas crianças de 3 e 4 anos de idade considerarão que é a norma. Os desenvolvimentos atuais e as invenções serão testados e muitos aplicativos, desenvolvidos. O céu é o limite, mas será importante manter certos protocolos e sistemas para evitar os abusos. Eu acho que as possibilidades são tão limitadas quanto a imaginação dos estudantes e usuários das redes para avançarem nos seus sonhos.

Rambla República de México 6125.
Montevideo 11400. Uruguay.

Proyetos em execução