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F. F. Tusubira, UbuntuNet Alliance: “A colaboração é absolutamente vital para a nossa região”

Francis Frederick Tusubira é o Diretor-Executivo da UbuntuNet Alliance, uma associação regional de Redes Nacionais de Pesquisa e Educação (RNIE) na África do Leste e do Sul membro do projeto Africa Connect, que busca a interconexão com a GÉANT. Por meio desta entrevista nós conhecemos a sua visão sobre as redes regionais de pesquisa e educação, e a colaboração global.

 


 

F.F. Tusubira, UbuntuNet Alliance

O que vem na sua mente quando escuta um pesquisador falar sobre colaboração?
Sempre vejo beneficiários, não os pesquisadores, mas as nossas comunidades; elas são positivamente impactadas pela pesquisa relevante. Para mim a colaboração se trata do aproveitamento mutuo de recursos, experiência e conhecimento, tanto dentro quanto além das nossas fronteiras nacionais e regionais de modo que as melhores soluções em qualquer campo possam ser trazidas e utilizadas para melhorar a qualidade de vida da nossa gente.

O que identificaria como o mais importante das redes de pesquisa e educação?
Isto depende da interpretação que se tenha de “redes de pesquisa e educação”: No nível da infraestrutura é a morte da distância entre os professores e os pesquisadores ao redor do mundo, e também entre eles e os recursos de que precisam, criando-se o imediatismo presencial de ambos. Eu costumava dizer aos meus alunos que as telecomunicações se tratam da morte da distância. No âmbito humano é a eliminação, por meio da simples e regular interação, das percepções que frequentemente se tornam uma barreira para o fluxo continuo e sinérgico de conhecimento no mundo todo.

Como descreveria o papel da UbuntuNet tanto em nível regional quanto global?
Como dizemos na Aliança (Alliance), o nosso papel é a criação das redes humanas e de infraestrutura que permitam a colaboração em pesquisa e educação para aumentar a contribuição das nossas instituições dessa área para o desenvolvimento nacional.

O quanto é importante para a Ubuntu Net Alliance a colaboração com outras redes regionais e de que formas ela colabora globalmente?
A colaboração é absolutamente vital para a nossa região: Nós estamos várias etapas atrás do resto do mundo. Precisamos aprender das melhores práticas e dos fracassos dos nossos parceiros em áreas que vão do desenho de redes e suas operações, passando pelos modelos de custos e preços, até chegar à estratégia de comunicações e relações públicas. Temos de permitir que sejam gerados vínculos entre as nossas redes de conteúdo e as suas parceiras no mundo todo. Todas essas são áreas de colaboração atual ou potencial.

Como acha que mudará nos próximos anos a colaboração global entre redes regionais?
Na medida em que a conectividade melhorar e as barreiras para a colaboração desaparecerem haverá um aumento rápido da produção intelectual dessas regiões (por exemplo, a África), que possuem um déficit de propriedade intelectual que é muito alto. Isto levará cada vez mais à igualdade nas associações para a colaboração global, e também à demanda de semelhança no desempenho das redes em qualquer lugar do mundo. As plataformas se tornarão ubíquas, desaparecendo no fundo, e tanto as redes de pessoas quanto as de conteúdo personificarão a colaboração global.

Poderia descrever a sua visão das redes de pesquisa e educação no futuro?
O setor de P+E (pesquisa e educação) está crescendo mais e mais, e estão entrando hospitais, bibliotecas, escolas e uma grande quantidade de instituições de base; como previsto e dito pela UCAN (EE.UU.), o mercado global de massas será irresistível para o setor privado. Eles serão capazes de oferecer os serviços de infraestrutura e de aplicativos que hoje são oferecidos pelas RNIE aos seus membros por preços mais competitivos. As redes de pesquisa e educação migrarão longe dessa camada para camadas de redes humanas de maior valor, deixando as camadas mais baixas para o setor privado ou para empresas especializadas de propriedade ou contratadas pelas redes de pesquisa e educação.

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