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George McLaughlin: “A colaboração entre redes intrarregionais aumentará”

Expirado

A Rede Avançada da Ásia-Pacífico (APAN) conecta as redes de pesquisa e educação da Ásia e Oceania entre elas e com as redes de pesquisa de todo o mundo. A APAN coordena os avanços e as interações entre seus membros e com as organizações parceiras internacionais, tanto na tecnologia de rede quanto nos aplicativos, e é um fator chave para promover e facilitar a colaboração em pesquisas desenvolvidas na rede, a descoberta do conhecimento, a telessaúde e a mitigação dos desastres naturais. Nesta entrevista, o Diretor Executivo Interino da APAN, George McLaughlin, apresenta seu ponto de vista sobre as Redes Regionais de Pesquisa e Educação e a importância da colaboração global.

George McLaughlinO que vem na sua mente quando ouve um pesquisador falar sobre colaboração?
Eu vejo um ambiente dinâmico no qual o pesquisador está interagindo com seus colaboradores em todo o país e em todo o mundo usando ambientes inclusivos de alta qualidade, onde a equipe local do pesquisador, como parte das suas experiências, controla um instrumento científico em outro continente, e onde os dados obtidos podem ser comparados, contrastados e analisados com aqueles que vêm de experiências relacionadas e conteúdos em bancos de dados massivos localizados em vários centros do mundo. As abordagens inovadoras utilizadas na redes permitem conduzir estas colaborações para uma aceleração massiva dos resultados da pesquisa, para resultados mais específicos e para uma vantagens sobre a sua possível comercialização.

O que identificaria como o mais importante das redes de pesquisa e educação?

As Redes de Pesquisa e Educação fornecem a vantagem do “primeiro que atua” por meio do qual os educadores podem desenvolver e implementar abordagens inovadoras para o ensino e o “estabelecimento do desafio”, e os estudantes podem tirar vantagem de um ambiente mais rico e interativo para a aprendizagem e a descoberta, muito acima dos serviços que são oferecidos atualmente por meio dos mecanismos tradicionais.

A instalação de redes regionais para a pesquisa e a educação ligadas globalmente dá aos pesquisadores o acesso a instrumentos, grandes conjuntos de dados, vastos recursos computacionais e analíticos, e fácil acesso virtual para colaboradores em qualquer lugar, possibilitando impressionantes melhorias em todas as áreas de pesquisa.

Como descreveria o papel da APAN, tanto no contexto regional quanto no global?
Os países membros da APAN representam mais de 55% da população mundial. A APAN gerou uma sólida rede regional de colaboração em toda a Ásia, onde o potencial é enorme. Um papel muito importante da APAN é ajudar na formação da próxima geração de engenheiros de rede e especialistas em aplicativos. A APAN tem uma forte abordagem na engenharia de redes, a pesquisa de rede e os serviços audiovisuais avançados de comunicação; além disso, tem um papel de destaque no apoio de uma série de áreas e aplicativos altamente dependentes das redes.

O grupo de trabalho médico da APAN é um dos mais ativos na comunidade de I+E. Nos últimos tempos, as apresentações ciberculturais intercontinentais se tornaram uma característica das reuniões da APAN. O monitoramento da terra e a agricultura estão entre as áreas de aplicação nas quais a APAN tem uma presença forte.

A APAN está associada com outras instituições das Redes Regionais para a Pesquisa e a Educação. Internet2, DANTE, CANARIE, RedCLARA, TERENA e o Banco Mundial são Membros do Grupo APAN. Além disso, a APAN tem uma série de acordos de cooperação e outros convênios com organizações como Trans-Eurasia Information Network (TEIN), GLORIAD, NTIC, e com a iniciativa CONNECT-Asia da UNESCO. E participa ativamente em muitos programas com nossos parceiros regionais.

O quanto é importante para a APAN a colaboração com outras redes regionais e como colabora no contexto global?

As colaborações em todos os níveis (redes, desempenho, serviços de comunicações avançadas, aplicativos) devem ter um alcance global. Para a APAN é muito importante oferecer um excelente trabalho de redes e serviços inovadores e avançados de comunicação, e para isso tem de contar com uma base de usuários comprometidos que estejam dispostos a explorarem essas melhorias. O fato de divulgar oportunidades que as redes de I+E oferecem é uma função importante para todos os envolvidos.

Uma característica das duas reuniões anuais da APAN são as oficinas de Colaborações Globais, onde são apresentados exemplos da Ásia e do resto do mundo.

Existem muitas colaborações de pesquisas ativas entre comunidades membros da APAN e aquelas que são membros de outras Redes Regionais de Pesquisa e Educação.

Como acha que mudará nos próximos anos a colaboração global entre as redes regionais?

Nós vivemos em um ambiente onde as mudanças disruptivas são o resultado de novas tecnologias que impactam, de maneiras imprevisíveis até alguns anos atrás, em como as pessoas vivem, trabalham e brincam. E é pouco provável que este ritmo desacelere.

A maioria destas tecnologias de ponta não são mais o resultado do trabalho do setor da pesquisa financiada publicamente. Existem novos desafios para a comunidade de redes de I+E e seus colaboradores próximos, e o aproveitamento dos novos desenvolvimentos onde quer que eles aconteçam, será importante para o futuro.

A colaboração entre redes intrarregionais aumentará. A grande variedade de instrumentos científicos, extremamente caros para serem construídos e operados, serão encontrados apenas em poucos lugares do mundo. As colaborações de pesquisa serão desenvolvidas cada vez mais sobre equipes globalizadas financiadas por diversas organizações em diferentes países. Os ambientes virtuais se tornarão a norma para as colaborações distribuídas globalmente, com o apoio da malha da rede global de I+E.

Poderia descrever a sua visão das redes de pesquisa e educação no futuro?
No passado, a experiência dentro da comunidade de I+E era, na maioria dos casos, muito antecipada em relação ao setor comercial. Não é mais o caso. Nós nos concentramos (numa grande parte) em redes terrestres de cabo e fibra, enquanto que o mundo comercial e as comunidades de usuários estão se mudando para ambientes móveis de alto desempenho. O ritmo da mudança continua aumentando. Para continuar sendo relevantes, as organizações responsáveis pelas redes I+E terão de ser altamente adaptáveis, responder rapidamente às mudanças e principalmente colaborar fortemente com suas comunidades de usuários para definir a melhor forma de explorar mudanças, beneficiando os usuários e suas colaborações.

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