Notícias - 2004/2010

RedClara participou da Terceira Conferência Ministerial sobre a Sociedade da Informação da América Latina e Caribe ", na qual autoridades ministeriais e representantes dos governos da região acordaram em realizar o plano regional eLAC2015,  para promover o acesso à sociedade da informação e do conhecimento como um direito.

(Tradução ao português: Simone Cardoso). Delegados dos governos latino- americanos e representantes das instituições líderes em tecnologia se reuniram de 21 a 23 de novembro, em Lima (Peru), para definir os rumos para os próximos cinco anos no que se refere ao acesso à Sociedade da Informação e do Conhecimento como um direito universal, promover a integração entre os países e articular as metas globais com as necessidades e prioridades regionais.

Como resultado da reunião, foi aprovada a "Proposta de Plano de Ação para a Sociedade da Informação e do Conhecimento na América Latina e Caribe (eLAC2015)", por meio da adoção da ‘Declaração de Lima’. Na proposta, as autoridades reafirmaram suas convicções de que as políticas públicas devam contemplar a integração da tecnologia para o desenvolvimento dos países.
 
Clara teve um papel ativo na formulação de eLAC2015 e contribuiu em diferntes momentos do debate sobre a construção de sociedades digitais inclusivas e inovadoras.

CLARA foi representada por um de seus diretores, Rafael Ibarra, que também é o presidente da Rede Avançada de Pesquisa, Ciência e Educação de  El Salvador (RAICES) -, e por  Ida Holz, secretária da direção.

Ibarra participou de todas as discussões da mesa central e fez uma apresentação sobre RedCLARA no painel Educação: "As TIC e a Educação Inclusiva", realizada em 22 de novembro.
 
"Mas a participação mais importante foi ter trazido para a mesa a proposta de Red CLARA para  acréscimo de um parágrafo na meta 23,  que se referia à conexão em banda larga. Esta proposta foi aprovada como uma das prioridades para o eLAC2015 ", disse Ibarra.

A meta 23 incluiu a menção de RedCLARA:  "Conectar em banda larga todas as escolas, aumentando o número de computadores  e o uso de recursos educacionais convergentes. Neste contexto, promover políticas públicas de apoio às atividades de docência e de pesquisa colaborativa por meio do uso das redes nacionais e regionais de pesquisa e educação. Em particular, promover o apoio à Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (CLARA) e CARIBnet  na gestão e obtenção  de infraestrutura passiva, reforçando assim a rede regional de ciência, tecnologia, pesquisa e inovação. "
 

O Plano eLAC2015 tem 26 metas em oito áreas: acesso, governo eletrônico, meio ambiente, segurança social, desenvolvimento produtivo e inovação, ambiente habilitador, educação e estrutura institucional para uma política de Estado. Em 2013, será realizada uma conferência de acompanhamento no Uruguai.

Ibarra destaca papel de RedCLARA em sua apresentação

Em sua apresentação no painel Educação de eLAC2015, Ibarra promoveu os benefícios de RedCLARA para os delegados dos governos regionais.

O representante de RedCLARA falou que a pesquisa, entendida como uma importante fonte de criação de conhecimento, deve ser considerada como um desafio e uma tarefa inacabada dos sistemas de ensino de nossa região, enfatizando que atualmente não é possível pensar em ciência ou em pesquisa de forma isolada.
 
"A cooperação, o trabalho em comunidade, o trabalho que usa a base de resultados de outras equipes de pesquisa, a complementaridade das circunstâncias de cada país e região com seus homólogos no resto do mundo são fundamentais", disse ele. "A idéia de usar ferramentas tecnológicas atuais e futuras nos trabalhos científicos e de pesquisa é o que tem motivado o modelo em cascata utilizado em países desenvolvidos e que RedCLARA conseguiu criar e fortelecer na América Latina", acrescentou.

Ibarra explicou que CLARA (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas) tem trabalhado nos temas de infraestrutura eletrônica e  e-ciência em todas as disciplinas para a região desde 2003, quando foi fundada. "O importante  apoio da União Europeia tem se refletido nos projetos ALICE e ALICE2 (América Latina Interconectada com Europa), com investimentos de 12,5 e 18 milhões de euros, respectivamente, e na iniciativa de ELLA (Europa Conectada com América Latina) do cabo transatlântico Europa - América Latina", disse ele.

O também presidente de RAICES  explicou que, no modelo proposto e utilizado na Europa,  só pode existir  "uma rede reunindo as redes acadêmicas avançadas na região (RedCLARA), que, por sua vez, se conecta às Redes Nacionais Pesquisa e Educação (NREN), que existem de forma única em cada país.

Entre as vantagens das redes avançadas está o fato de estas fornecerem canais limpos e conexões rápidas para as comunidades de pesquisadores e dar-lhes acesso a dados, recursos e equipamentos que são caros e que talvez não existissem em todas as universidades, em todos os centros de pesquisa, ou mesmo em todos os países.

Além disso, ele também destacou que, por meio de RedCLARA, promove-se um verdadeiro esforço de cooperação e solidariedade entre as redes nacionais e os países, construindo a infraestrutura sustentável e promovendo o desenvolvimento de comunidades de pesquisadores nas diferentes áreas que  representam as importantes contribuições que a região pode dar à ciência do mundo.