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Inteligência artificial dá nova esperança aos sobreviventes de AVC

Inteligência artificial dá nova esperança aos sobreviventes de AVC

A reabilitação de pacientes que sofreram AVC pode ser significativamente aprimorada por meio da combinação de realidade virtual e inteligência artificial (IA). Isso foi demonstrado por uma startup brasileira em um projeto apoiado pela RNP, a Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNIE) do Brasil.

“Estudei pacientes que estavam em estágio crônico após o AVC, um grupo com poucas chances de melhora a longo prazo. Muitos deles enfrentavam depressão, perda de mobilidade e dificuldades de socialização, o que, por sua vez, tornava sua reabilitação ainda mais desafiadora. A falta de progresso levou vários a não aderirem ao tratamento, agravando ainda mais o quadro. Queríamos mudar essa realidade”, afirma Isabela Alves Marques, CEO da empresa Reabnet Tecnologia, que desenvolve as soluções digitais em questão.

A Reabnet oferece jogos interativos que permitem aos pacientes realizar atividades em suas próprias casas, enquanto a evolução do processo é monitorada por ferramentas digitais. Os jogos aumentam a motivação dos pacientes, abordando os aspectos físicos e emocionais do processo de reabilitação.

Da academia aos pacientes

Isabela Alves Marques ingressou na área como pesquisadora durante seu projeto de doutorado:

O projeto demonstrou que os jogos interativos tiveram um impacto muito positivo. Meu orientador, Eduardo Naves, sempre insistiu que deveríamos levar essa tecnologia mais além, para além do contexto acadêmico.

O projeto atraiu o interesse do público, mas inicialmente permaneceu no ambiente acadêmico. Isso mudou quando foi incluído no programa RNP de pesquisa e inovação em serviços avançados. Nesse contexto, a solução amadureceu, levando à fundação da Reabnet Tecnologia em março de 2023.

“O apoio da RNP foi fundamental para transformar o Reabnet em uma solução disponível ao público. Sem esse apoio inicial, teria sido muito difícil chegar onde estamos hoje, apesar do potencial da tecnologia que desenvolvemos. A RNP ofereceu os recursos necessários para que demos o primeiro passo rumo à nossa empresa. No Brasil, vemos muita inovação acontecendo na academia, mas transformar isso em um negócio exige um apoio estruturado. Iniciativas como essa (o programa RNP, ed.) são essenciais para transformar ideias em soluções concretas”, afirma o CEO.

Não há necessidade de equipamentos caros

Notavelmente, a plataforma permite que o paciente participe de sessões remotas sem precisar investir em equipamentos caros. Basta uma câmera comum e um notebook.

“Todo mundo tem esses aparelhos em casa. A câmera atua como sensor do sistema, dispensando sensores externos. Além disso, a IA embarcada nos permite avaliar a evolução do paciente sem a necessidade de fisioterapeutas altamente experientes. O sistema mede o progresso automaticamente: se o braço puder ser elevado mais hoje do que ontem, a plataforma detectará e mostrará ao paciente. Além disso, cada jogo tem um objetivo terapêutico bem definido”, explica Isabela.

A Reabnet faz parte da rede de colaboração RNP e Startups, que é um espaço de disseminação de inovações e consolidação de tecnologias, auxiliando startups que surgiram dos programas de pesquisa e desenvolvimento da RNP.

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