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Conectividade e inovação para responder aos desafios da ciência regional

A transformação digital das infraestruturas de investigação foi o tema central da 15a reunião do Grupo de Trabalho bi-regional sobre Infra-estruturas de Investigação (RI WG), realizada em junho passado em Viena, Áustria, no âmbito da Parceria Estratégica entre a União Europeia (UE) e a Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (CELAC). Organizado pela Comissão Europeia, o encontro reuniu representantes nacionais, instituições científicas e peritos das duas regiões num ambiente colaborativo, orientado para promover o acesso aberto, a interoperabilidade e a cooperação científica transcontinental.

Neste encontro, a RedCLARA apresentou seu ecossistema digital e seu papel como plataforma chave para acelerar a ciência aberta na América Latina. Através de sua participação no projeto BELLA II, co-financiado pela UE, RedCLARA está dando resposta concreta às principais necessidades da pesquisa contemporânea: acesso a conectividade de alta velocidade, plataformas colaborativas seguras, circuitos dedicados para troca de dados científicos, ferramentas para publicação reprodutível e infraestruturas digitais que permitem a integração de tecnologias emergentes como inteligência artificial e blockchain.

"A transformação digital da ciência não requer apenas infraestrutura técnica, mas também uma visão compartilhada. Na RedCLARA estamos construindo pontes digitais que permitem à América Latina ser parte ativa e propositiva da ciência global", disse Mark Urban, gerente de Relações Internacionais da RedCLARA, durante sua intervenção  "RedCLARA: um ecossistema de capacidades para a ciência aberta na América Latina".

A infra-estrutura da RedCLARA conecta mais de 2.000 universidades e centros de pesquisa na América Latina, através de uma rede de alta velocidade que liga com seus pares na Europa (GÉANT), Estados Unidos (Internet2), África (TENET) e outras regiões do mundo. Esta rede robusta permite o acesso a serviços-chave para a ciência, como federações de identidade (eduroam, eduvpn), circuitos dedicados para interconectar centros de dados, laboratórios e observatórios, e ambientes digitais seguros para a troca e análise de grandes volumes de dados. 

Este ecossistema foi fortalecido com a implementação de uma nova estratégia que prioriza soluções flexíveis, adaptadas às necessidades reais das comunidades científicas. 

RedCLARA facilita o design de serviços sob medida, integra recursos com redes aliadas como GEO, OEI, SEGIB ou MetaRed, e promove redes colaborativas que permitem enfrentar desafios científicos que ultrapassam as fronteiras nacionais.

Além disso, a RedCLARA está habilitando ambientes de teste (testbeds) que permitem experimentar em condições controladas com tecnologias avançadas. Exemplos como o projeto Camaron na Guatemala, que aplica nanopartículas para a remediação de águas contaminadas, ou o projeto Diploma, que prova credenciais acadêmicas verificáveis com blockchain, evidenciam como as capacidades tecnológicas estão ao serviço do desenvolvimento científico e da inovação com impacto regional.

Esta visão integral responde diretamente aos pilares levantados no encontro UE-CELAC: impulsionar infraestruturas digitais interoperáveis, facilitar a colaboração transregional e garantir o acesso equitativo ao conhecimento científico. Com 20 anos de trajetória, a RedCLARA se consolida como um instrumento estratégico para fortalecer a soberania científica e tecnológica da América Latina, articulando infraestrutura, serviços e comunidade para construir um ecossistema científico mais robusto, inclusivo e globalmente conectado.

A UE-CELAC é a Parceria Estratégica entre a União Europeia (UE) e a Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (CELAC). Essa aliança busca fortalecer a cooperação política, econômica, social, científica e cultural entre as duas regiões. No domínio da ciência, tecnologia e inovação, a UE-CELAC promove iniciativas conjuntas que incluem grupos de trabalho bi-regionais, como o de Infraestruturas de Investigação (RI WG), projetos de investigação e inovação colaborativa, bem como o intercâmbio de conhecimentos, dados e boas práticas.

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