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Ida Holz: “A RedCLARA tem visão e vontade de unir esforços no campo de I+D a fim de avançar para um maior desenvolvimento dos países da América Latina”

Conheça a voz da Diretora Executiva da Rede Acadêmica Uruguaia, RAU, e sua visão para RedCLARA e na colaboração. Leia este e outras entrevistas no livro “RedCLARA: Nome, voz e instrumento de colaboração na América Latina”.

Ida Holz

O que vem à sua mente quando ouve um pesquisador falar sobre colaboração?
Eu penso na RedCLARA como ferramenta para colaborar com outros pesquisadores da região e de outros lugares do mundo.

Infelizmente, não são muitos os pesquisadores que falam sobre colaboração e eu acho que é necessário um trabalho intenso de divulgação para que eles conheçam as possibilidades de potencializar seu trabalho utilizando as redes para se conectar, conhecer e cooperar com seus pares em qualquer lugar do planeta.

O que identificaria como o mais importante das redes de pesquisa e educação?
Realmente, as redes de comunicação para pesquisa e educação abrem um grande leque de possibilidades para criar formas novas de encarar planos de educação em todos os níveis.

Do mesmo modo, os pesquisadores podem colaborar com seus pares e, em muitos casos, utilizar remotamente ferramentas com as que não contam para avançar em seu trabalho.

Como descreveria o papel da RedCLARA, tanto em nível regional quanto global?
Eu acho que a RedCLARA é um organismo que teve e tem visão e vontade de unir esforços no campo de I+D a fim de avançar para um maior desenvolvimento dos países da América Latina, criando uma infra-estrutura de comunicação adequada para esses fins.

Qual tem sido para sua rede a importância central do projeto ALICE2?
Primeiro, o projeto da Comissão Europeia chamado ALICE foi a iniciativa que permitiu, por meio de sua contribuição econômica e de seu apoio logístico, atingir um objetivo amplamente sonhado por muitas pessoas na América Latina, que consistia em criar uma rede avançada de comunicação na região (RedCLARA) para benefício da academia e a pesquisa e, portanto, do desenvolvimento de nossos países.

A renovação do apoio da Comissão Europeia, por meio do projeto ALICE2, gerou as condições para avançar e consolidar a infra-estrutura planejada adquirindo e instalando fibra óptica própria o na modalidade IRU, que percorre e penetra na maioria dos países, o que permite prever com uma certeza maior a continuidade e permanência da RedCLARA e, portanto, a colaboração entre os países da região.

Este projeto gerou um impulso importantíssimo para o desenvolvimento da Rede Acadêmica Uruguaia.

Quão importante é para a RAU a colaboração com outras redes nacionais e regionais e de quais formas ela colabora em nível global?
O Uruguai é o país de menor população da América Latina, que, apesar de ter uma longa tradição na preocupação social e a educação em todos os níveis. Todo o ensino público, do pré-escolar até o universitário, é laico e gratuito há mais de um século; e nos níveis fundamental e médio, é obrigatório.

Isso tem levado o Uruguai a ser um país de uma grande tradição cultural e um alto nível educativo. No entanto, sua escassa população faz com que os pesquisadores precisem se comunicar e colaborar com pares da região e do mundo.

Nesse sentido, a RAU tem participado desde o início na criação e consolidação dos organismos latino-americanos relacionados com o desenvolvimento da Internet e, dentre eles, com a RedCLARA que contribui com o meio para facilitar a cooperação necessária.

Se a RedCLARA não tivesse existido, como o senhor acha que seria hoje o cenário da ciência, a pesquisa e a inovação em seu país?
É difícil pensar como seria, levando em consideração que estamos próximos de comemorar os dez anos da criação da CLARA, que têm revolucionado a tecnologia e as comunicações.

Eu acredito que teríamos trabalhado de uma maneira mais isolada e, portanto, com menor benefício para o desenvolvimento da educação e pesquisa.

No entanto, eu acho que, ainda hoje, grande parte dos nossos educadores e pesquisadores não tomou consciência plena da extraordinária ferramenta montada em benefício de seu trabalho e faz falta muita divulgação e trabalho para que isso aconteça.

O senhor poderia descrever sua visão das redes de pesquisa e educação no futuro?
Isso é como adivinhar por meio de uma bola de cristal. O avanço da tecnologia é muito vertiginoso e prever o futuro é uma aventura.

Sem dúvida, caminhamos para formas novas de educação e pesquisa nos quais os meios tecnológicos e as comunicações permitirão uma grande cooperação entre organismos e países em todos os níveis da atividade humana, e com isso um grande avanço em todos os ramos do saber.

De acordo com seu próprio critério, qual deveria ser o papel da RedCLARA nos próximos cinco anos?
Unir os países da América Latina com uma rede de grande velocidade e trabalhar intensamente em incentivar a colaboração contribuindo com iniciativas que dêem conteúdo e apóiem projetos que evidenciem o benefício da comunicação e a união entre todos.

Rambla República de México 6125.
Montevideo 11400. Uruguay.

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