O site de RedCLARA usa cookies para te oferecer a melhor experiência possível na web.

Ao continuar a usar este site, você concorda em que armazenemos e acessemos cookies em seu dispositivo. Por favor, certifique-se de ler a Política de Cookies. Learn more

I understand

MAPA D2

Artistas e pesquisadores de países de língua portuguesa e espanhola se reúnem por meio de plataforma virtual para trocar informações sobre dança com mediação tecnológica.


Dançar interagindo com recursos criados pela tecnologia. Esse é o novo desafio de muitos artistas e pesquisadores do assunto. As tecnologias da informação e comunicação passaram a ser meio de expressão artística. Com isso, tornou-se necessário um espaço para reunir aqueles que já realizam a dança com mediação tecnológica, assim como aqueles que a estudam ou desejam estudá-la e pesquisá-la.  Surge a Comunidade Mapa D2, que visa fazer a articulação entre o mundo cultural e o acadêmico.

Desde abril de 2009, aqueles que executam e estudam esse tipo de dança podem contar com uma plataforma virtual para difusão e apoio educacional, tecnológico e mercadológico do campo da dança e da performance com mediação tecnológica em  países de língua portuguesa e espanhola. A participação exige cadastramento e garante informações sobre os grupos participantes, seus eventos, aulas, vídeos, material bibliográfico, assim como a participação em fóruns de discussão de temas e acesso a eventos ao vivo. Todos esses recursos são possíveis graças à  RedCLARA.

A professora doutora Ivani Santana é a diretora da Comunidade que conta com  nove coordenadores em oito países: Uruguai, Paraguai, Chile, Argentina, Bolívia, México, Portugal e Espanha. “A idéia da Comunidade surgiu da necessidade de mapeamento no Brasil, país de dimensões continentais, de pessoas que trabalham com dança tecnológica”, contou Ivani. Hoje, a Comunidade cresceu em abrangência: a plataforma reúne 51 artistas, 12 pesquisadores e 17 instituições de 10 países. “Nossa idéia com o Mapa é identificar quem faz dança com mediação tecnológica, orientar onde estudar e como mostrar o resultado do trabalho. Queremos fincar a bandeira da colaboração”, explicou ela.

Para Mariana Arteaga, diretora do Festival FEDAME e ex-coordenadora do Mapa D2 no México, o crescimento artístico por meio do intercâmbio impulsionará fóruns de discussão nos quais será possível conhecer  mais sobre essa maneira de abordar a arte e sobre a sociedade que vivemos. “O potencial da Comunidade é muito grande. Ainda estamos trabalhando para desenvolver grupos em nossos países. A geração de conhecimento é muito interessante e fundamental para novas formas de cooperação”, completou o coordenador da Comunidade no Uruguai, Diego Carrera.

Mas há expectativas ainda maiores para a Comunidade Mapa D2. A Coordenadora da Comunidade na Argentina, Alejandra  Ceriani, acredita que o Mapa D2 ampliará a rede, as novas formas de produção e de pensamento sobre o movimento e a imagem do corpo, mas,  principalmente,  a plataforma poderá contribuir para que a Comunidade de dança mediada pela tecnologia volte seus olhos em cada país para a  política artística, tornando a dança mais consciente de seu papel na cultura de hibridação.

Dançar e Interagir

Por meio das redes avançadas, a arte ganha muitos recursos. Artistas em diferentes países podem dançar e interagir com usuários da Internet em um cenário virtual em tempo real. Um exemplo recente dessa aplicação foi o espetáculo de dança telemática e-Pormundos Afeto, que reuniu em um ambiente virtual 3D bailarinos que estavam em Buenos Aires (Argentina) e outros em Barcelona (Espanha), um robô Lego MXT que se encontrava em Salvador (Brasil) e avatares criados por aqueles que desejavam participar do espetáculo pela Internet. As apresentações, que foram transmitidas pelo site da Comunidade MapaD2 com gestão da rede acadêmica brasileira (RNP) e o apoio de Innovared (Argentina), RedCLARA e Fundación I2CAT (Espanha) em 4 e 5 de setembro de 2010, representam um dos resultados do Grupo de Trabalho em Mídias Digitais e Artes, financiado pela RNP e formado pelo Grupo de Pesquisa Poéticas Tecnológicas (da Universidade Federal da Bahia), Laboratório de Vídeo Digital (da Universidade Federal da Paraíba) e NatalNet (da Universidade Federal do Rio Grande do Norte). O trabalho contou ainda com a parceria do grupo espanhol Kònic Thtr, dirigido por Rosa Sanchez e Alain Baumann.

A Comunidade Mapa D2 potencializa os relacionamentos e as parcerias entre os grupos que estudam e realizam dança com mediação tecnológica, promovendo cada vez mais exemplos como este. Com esse intuito, os coordenadores da Comunidade Mapa D2 tiveram sua primeira reunião presencial durante o III Seminário Internacional sobre Dança, Teatro e Performance, realizado de 3 a 7 de novembro  do ano passado em Salvador (Brasil).  Com o apoio de RedCLARA, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, do Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico brasileiro e da Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo , oito coordenadores puderam participar do encontro, “que fortaleceu os laços da Comunidade, serviu para a resolução de demandas e encaminhamento de ações importantes, definiu  o conselho de coordenadores responsáveis e a gestão compartilhada da Comunidade”, lembrou Ivani.

Mais informações:
http://www.mapad2.ufba.br/
http://www.poeticatecnologica.ufba.br/site/

 

Rambla República de México 6125.
Montevideo 11400. Uruguay.

Proyetos em execução