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A atividade, que foi realizada no dia 21 de novembro em Bruxelas, contou com a participação de Alicia Bárcena, Secretária-Executiva da Comissão Europeia para a América Latina e o Caribe (CEPAL); David Pérez Taveras, Presidente do Fórum Latino-Americano de Entidades Reguladoras das Telecomunicações (REGULATEL) e Florencia Utreras, Diretor-Executivo da Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (RedCLARA).

A América Latina é cada vez mais presente no cenário mundial e a Europa tem começado a repensar a sua relação com os mercados emergentes. Um novo espírito de cooperação poderia incluir a inovação industrial, o progresso social, as telecomunicações e as TIC como ferramentas de desenvolvimento. No âmbito das eleições espanholas e a reunião da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana em Bruxelas, os palestrantes da Cúpula Política Europeia, buscaram formular estratégias de fortalecimento das relações entre a União Europeia e a América Latina.

De acordo com o relatório publicado no site do evento, as economias da América Latina têm crescido rapidamente na última década graças à sua população dinâmica e abundância de recursos naturais. No entanto, a desigualdade continua sendo muito forte e ainda existem áreas como a saúde e a infraestrutura no subdesenvolvimento e a exclusão de muitos da sociedade da informação está obstaculizando os esforços que são feitos para corrigir isto. “Setenta por cento das microempresas não têm acesso à internet”, apontou Alícia Bárcena, Secretária-Executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe”. “Se eles tivessem acesso, seria um passo gigante”.

A falta de cooperação regional, junto com os altos custos de instalação são os culpados. “É muito difícil levar as redes para as áreas rurais ou para as áreas onde a renda é muito baixa”, afirmou Fabio del Alisal, Diretor dos Assuntos Internacionais da Comissão de Telecomunicações da Espanha. “Os rendimentos esperados são muito baixos para o setor privado, particularmente na construção de redes de nova geração”.

A resposta provavelmente está na liberalização das telecomunicações, os reguladores verdadeiramente independentes e as parcerias público-privadas. Erlinda Handal, Vice-ministra de Ciência e Tecnologia do Ministério da Educação de El Salvador, argumentou que as empresas privadas têm um incentivo natural para ajudar a construir a infraestrutura das comunicações. “A construção das redes é cara, mas o que poderia ser considerado como um gasto deve ser considerado um investimento, pois os consumidores vão precisar dos serviços”, disse.

Este tipo de parceria é mais sustentável que o modelo de desenvolvimento que tem caracterizado a relação Europa-América Latina. Christian Leffler, Diretor na América do Serviço Europeu de Ação Exterior, expressou que os quadros para a cooperação são obsoletos. “No passado frequentemente são colocadas no mesmo nível a cooperação e a cooperação para o desenvolvimento. Muitos países no que nós chamamos de mundo em desenvolvimento têm progredido, portanto não faz sentido continuar falando de cooperação para o desenvolvimento, temos que falar simplesmente de cooperação”.

Rudolf Strohmeier, Diretor-Geral Adjunto da Diretoria-Geral de Pesquisa e Inovação da Comunidade Europeia diz que atualmente existem múltiplas iniciativas bilaterais em pesquisa e inovação – em termos de biotecnologia, energia, mudança climática e TIC – nas quais os parceiros europeus e latino-americanos têm as mesmas condições.

“Nós não estamos aqui para ensinar”, disse o Sr. Strohmeier. “Enfrentamos desafios semelhantes, portanto temos que juntar forças”.

Acesse o site do evento aqui: http://www.friendsofeurope.org/Contentnavigation/Events/Eventsoverview/tabid/1187/EventType/EventView/EventId/1089/EventDateID/1103/PageID/5449/LatinAmericasnewdynamic.aspx