Casos e Vozes

Alunos com vulnerabilidade socioeconômica no Brasil terão acesso à internet, enquanto muitos outros estudantes terão suas conexões já existentes atualizadas.

(Fonte: RNP / In the Field) Sob o título de "Internet Brasil", a rede nacional de pesquisa e educação do Brasil, RNP, executará um projeto piloto em parceria com o Ministério da Educação e o Ministério das Comunicações. O momento está relacionado à pandemia de COVID-19.

“O projeto vem atender a uma necessidade urgente e dar ao Governo Federal um mecanismo que possa reduzir os efeitos adversos decorrentes das medidas de distanciamento social”, explicou Fábio Faria, ministro das Comunicações, no lançamento da iniciativa.

Nos próximos anos, a iniciativa beneficiará potencialmente todos os 22 milhões de estudantes do país.

Em apoio ao ensino híbrido

O projeto piloto prevê a distribuição e manutenção de cerca de 700.000 chips com pacotes de banda larga móvel disponíveis ao longo de 2022. No geral, o foco tanto do projeto piloto quanto de todo o programa será viabilizar a conectividade e o acesso a recursos digitais de apoio ao ensino híbrido.

O programa Internet Brasil é fruto de uma iniciativa anterior, o projeto Estudantes Conectados, do Ministério da Educação. Nele, foi disponibilizada internet gratuita para alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica em 101 universidades e instituições federais. Mais de 160.000 chips foram distribuídos. A ação teve como objetivo dar continuidade aos estudos durante todo o período de distanciamento social. Além disso, o projeto contribuiu para a democratização do acesso à educação, para o aumento da inclusão digital e para a redução das desigualdades no acesso à tecnologia.

4,3 milhões sem acesso

De acordo com as estatísticas nacionais, a percentagem de alunos com 10 anos ou mais com acesso à Internet cresceu de 86,6% em 2018 para 88,1% em 2019. No entanto, estes números não contam toda a história, pois muitos alunos sofrem restrições pontuais, como partilhar os chips ou com dificuldades de pagamento. Tais distúrbios impedem o acesso aos recursos educacionais disponíveis em formatos digitais.

Com base na pesquisa, cerca de 4,3 milhões de alunos permanecem sem conectividade, sendo a maioria alunos de escolas públicas (95,9%). Nesse sentido, o foco da Internet Brasil é atender alunos da educação básica da rede pública de ensino, principalmente em instituições municipais e estaduais.