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Com a ajuda de REUNA, centro científico chileno participa do experimento ATLAS

REUNA - cluster usm(Autor: Carolina Muñoz, REUNA) Atualmente, realizar pesquisa de vanguarda só é possível de maneira colaborativa, compartilhando recursos materiais e humanos para gerar novos conhecimentos. Muitos dos grandes projetos científicos internacionais geram tal quantidade de dados que seria impossível para uma só instituição processar todos eles em tempo razoável. Nesse contexto, a solução mais lógica é integrar várias instituições menores, unindo esforços e recursos em uma rede de cooperação mútua.

 

Foi seguindo esta receita que o Centro Científico Tecnológico de Valparaíso (CCTVal), da Universidade Técnica Federico Santa María (UTFSM), no Chile, tornou-se parte de iniciativas internacionais de grande relevância, como o projeto ATLAS do CERN, na Suíça. Além disso, colabora com centros de categoria mundial, como a NASA, o Jefferson Laboratory e o Brookhaven National Laboratory, ambos dos EUA.

“Desde 2008 um grupo de físicos do CCTVal participa no experimento ATLAS (que junto com o projeto CMS descobriu a partícula de Higgs), e nosso cluster colabora no processamento de dados. Para isso, requeremos não somente computação muito rápida mas também conectividade de alta velocidade até o CERN para transferir os dados até aqui, processá-los e enviar os resultados”, explica o Doutor em Física e pesquisador do CCTVal, Yuri Ivanov.

“ATLAS produz cerca de um petabyte de dados a cada seis meses (o que equivale a mil discos de um terabyte). Estes não podem ser processados por um data center somente e por isso é necessário distribuí-los entre 300 organizações, que contam cada uma com seu próprio cluster. Este sistema de computação se chama Grid e inclui institutos e universidades de todo o mundo”, agrega Ivanov.

Para participar deste projeto, o CCTVal passou por um exigente processo de avaliação, por meio do qual o CERN lhe outorgou a certificação de seu cluster como um centro de produção de nível “Tier-2”, sendo os primeiros na América Hispânica a obter esta classificação.

Esta categoria guarda relação com as capacidades de armazenamento e processamento de informação dos chamados centros de recursos da LHC Computing Grid (LCG). Nesta rede, o CERN conta com o nível “Tier-0”, onde se realiza o processamento inicial dos dados extraídos do Grande Colisor de Hadrons (LHC). Assim, esta informação é distribuída em vários centros “Tier 1”, os quais permitem o acesso aos dados dos centros de classe “Tier 2”.

Em seu clúster, o CCTVal conta atualmente com 700 núcleos (cores), destinados à análise da dados e ao desenvolvimento de pesquisas próprias em medicina, astronomia, biologia, finanças, educação, oceanografia, entre outros. “Ao todo, temos mais de 200 usuários locais e cerca de 50 outras universidades chilenas, e a cada momento nosso cluster está processando entre 300 e 400 trabalhos requeridos por estes pesquisadores”, detalha o Dr. Ivanov.

Todos estes recursos informáticos não poderiam ser aproveitados ao máximo sem uma capacidade de rede adequada. “Sem REUNA, não creio que seria possível cumprir de forma efetiva e segura todos os requerimentos que nós temos. Por isso, para nós, REUNA é uma instituição muito importante. Além disso, é reconhecida pelo sistema Grid internacional (IGTF), como a única entidade acreditada no Chile para entregar certificados Grid”.

Atualmente, o CCTVal está conectado ao backbone de REUNA e a partir dele às redes acadêmicas internacionais.

Para mais informação sobre o CCTVal, visite: http://www.cctval.cl/

Links úteis:
http://www.usm.cl/
http://www.reuna.cl/
http://atlas.cern/

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Montevideo 11400. Uruguay.

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