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Na Colômbia: robô criado com auxílio de RENATA diagnostica doenças da retina com precisão de 99%

Graças a uma aliança entre o MacondoLab da Universidade Simón Bolívar, Cofca, o governador do Atlântico, o CaribeTIC e RENATA Colômbia*, pacientes poderão detectar doenças oculares a tempo através de um robô criado para esse fim. O SAHLI, sigla em espanhol para "Sistema Autônomo de Habilidades de Leitura Independente", é capaz de diagnosticar quatro tipos de distúrbios na retina humana em 10 a 20 segundos, com 99% de confiabilidade.

(Fonte: LaFM e Sistema Digital Integrado / Foto: Hansel Vásquez, de El Heraldo) “Este é o sinal de que o conhecimento médico já transcende as fronteiras de um escritório e agora podemos tomar decisões com maior precisão e rapidez”, afirma Luis Escaf Jaraba, diretor científico da Clínica Oftalmológica do Caribe (Cofca).

A criação desse desenvolvimento tecnológico levou mais de 12.000 horas de trabalho no Laboratório de Prototipagem MacondoLab, o Centro de Crescimento de Negócios Unisimón, onde convergiram físicos, químicos, matemáticos e engenheiros de sistemas que misturaram seus conhecimentos com os de especialistas da Cofca, para criar os algoritmos que permitem ao robô descobrir degenerações oculares. "A complexidade estava em como conseguir que, nessa velocidade do tempo, a máquina detectasse danos em três milhões de características que uma imagem da retina pode conter, até chegarmos ao resultado de um programa médico de vanguarda", explica Reynaldo Villarreal González, Diretor de laboratório.

Como o robô funciona?

O SAHLI tem a aparência de uma página da web na qual o arquivo digital de uma tomografia de mácula (exame da retina) realizado no paciente é carregado e, em segundos, identifica se há degeneração macular associada à idade úmida, degeneração macular associada na idade seca, afinamento da coróide (camada média do olho), membrana epirretiniana ou cística, edema macular diabético ou outra causa. Escaf Jaraba explica que o SAHLI modula todas as informações que recebe para convertê-las em imagens através de algoritmos. A partir disso, interpreta e se correlaciona com uma patologia. "Quando um satélite envia fotos para a Terra, o que ele comanda são comprimentos de onda que atingem computadores que os convertem em imagens, é isso que esta plataforma está fazendo", conta.

Detecção de mais doenças

As anormalidades na retina estão relacionadas à idade ou a doenças como o diabetes; portanto, 80% dos casos podem ser evitados se forem determinados a tempo. "Existem mais patologias e estamos trabalhando para aumentar a capacidade do SAHLI, que, por ser um projeto de inteligência artificial, não para de aprender", disse Santiago Morales, retinologista do Cofca. Paola Amar Sepúlveda, CEO da MacondoLab e vice-reitora de Pesquisa e Inovação da Unisimón, reconheceu a importância do trabalho conjunto entre universidades, empresas e o Estado. “Durante um ano, mais de 12 pesquisadores da Unisimón ingressaram na equipe médica da Clínica Oftalmológica do Caribe, apoiada pelo Governador do Atlântico, com mais de 12.000 horas para lançar uma nova inovação que demonstra que a tecnologia é feita no Caribe colombiano, trazendo inovação para o mundo”, comemora.

* A Rede Acadêmica Nacional de Tecnologia Avançada, RENATA, é a rede nacional de pesquisa e educação da Colômbia, que conecta, articula e integra a comunidade acadêmica e científica, o setor produtivo e o Estado, entre si e com o mundo, para desenvolvimento de conhecimento, pesquisa, educação e inovação no país.

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