No último dia 5 de Junho, na cidade de Buenos Aires, a Secretaria de Articulação Científico-Tecnológica do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva, lançou o programa nacional e-Ciência. 

 

Um dos pilares deste programa é o convênio entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva e o Ministério da Educação, que permitirá o financiamento para cobrir os custos de funcionamento e manutenção da Rede Avançada Nacional, a InnovaRed. Em particular, o objetivo deste acordo é permitir o uso e a conectividade de maneira gratuita e ilimitada para as instituições científicas e acadêmicas do país. 

 

Neste contexto, é importante lembrar o convênio celebrado entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva, o Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (CONICET) e a Empresa Argentina de Soluções Satelitais Sociedade Anônima (ARSAT-SA). O acordo representa uma importante fonte de desenvolvimento tanto para a InnovaRed como para a comunidade em geral, já que possibilitará a vinculação da Rede Nacional de Investigação e Educação e a Rede Federal de Fibra Ótica do Programa Argentina Conectada, permitindo, desta maneira, a conectividade para as instituições científicas e acadêmicas de todo o país. 

 

Nascido com a ideia de satisfazer as necessidades de intercâmbio de grandes volumes de informação, processar dados e realizar investigação colaborativa a partir de diversos pontos geográficos, o programa e- Ciência permitirá a colaboração de milhares de cientistas de todo o mundo em grandes projetos de investigação. Desta maneira, a Argentina poderá abordar desafios científicos de uma maneira global, de forma absolutamente distribuída e colaborativa, fazendo uso das tecnologias de informação e telecomunicações. “Graças a este plano, pela primeira vez o país terá capacidade de supercálculo", destacou o Secretário de Articulação Científico-Tecnológica, Dr. Alejandro Ceccatto.

 

Com respeito ao uso da tecnologia e das comunicações, cabe destacar que o e-Ciência será um suporte particularmente importante às atividades científicas que utilizam a internet como principal ferramenta. 

 

Por último, o programa compreenderá outras ações como: a aquisição de um supercomputador que possa localizar-se pela primeira vez para Argentina entre os 500 mais poderosos do mundo segundo o ranking que elabora semestralmente o Projeto Top 500; e a convocatória de projetos que façam uso massivo da capacidade de supercálculo, para financiar a compra de tempo no supercomputador e, eventualmente, para ajudar a resolver problemas de conectividade de última milha. 

 

O programa representa uma grande oportunidade para que o país avance em conhecimento científico, já que, como afirmou o secretário durante a apresentação, “A América Latina produz 4% do conhecimento científico mundial com somente 0,4% da capacidade de computação, motivo pelo qual devemos investir em infraestrutura desse tipo para integrar-nos à forma atual de fazer ciência”. 

 

Para assistir o vídeo do programa nacional de e-Ciência acesse: https://www.youtube.com/watch?v=iyrFA0UktFU#t=13