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Chile: Governo anuncia comissão para criar futuro Ministério da Ciência

De biólogos a economistas, além de um sociólogo, um historiador e uma psicóloga integram a nova comissão presidencial “Ciência para o desenvolvimento do Chile”, apresentada no fim de janeiro pela presidente chilena Michelle Bachelet. São, ao todo, 37 pessoas, a maioria deles cientistas, a quem foi encomendada a tarefa de criar uma proposta para fortalecer a Ciência, incentivar a cultura científica e avançar na estratégia para a criação de um ministério na área.

Com isso, a presidente responde a uma demanda transversal, originada na carência de uma estratégia definida para a Ciência e num sistema que foi avaliado como fragmentado e com pouco peso na hora de obter financiamentos. Apenas 0,35% do PIB chileno é investido na área.“É uma decisão deste governo avançar na criação de um ministério de Ciência e Tecnologia. A Comissão debe elaborar uma proposta para um projeto de ministério, que seja realista en relação às condições, prazos e recursos requeridos”, disse a presidente.O relatório da Comissão deve estar pronto em junho, antes da discussão orçamentária

Jorge Babul, presidente do Conselho de Sociedades Científicas e um dos membros da Comissão, é um dos críticos do sistema atual e vê a nova proposta como um avanço na área, mas ressalta: o esforço na área precisa continuar. “Esperamos que se estabeleça um núcleo para criar um ministério e alguma institucionalidade do Estado, e não de governo, para que as ideias que cristalizem nessa comissão sigam sendo implementadas e modificadas de acordo com as mudanças na Ciência, na vida e na cultura em geral”, diz.

“Vivemos a época do salitre e a desperdiçamos. Não queremos desperdiçar o mesmo na época do cobre, e creio que o país está mais maduro para dar um salto significativo. Isso significa desenhar uma estratégia. Não é suficiente ter dinheiro e criar um ministério. Isso tem a ver com o capital avançado e como o conectamos com o desenvolvimento tecnológico e com a inovação empresarial”, analisa Gonzalo Rivas, presidente do Conselho Nacional de Inovação para o Desenvolvimento (CNID) e líder da comissão.

Carolina Muñoz, assessora científica do Congresso do Futuro e parte do movimento Mais Ciência para Chile, diz que essa é uma boa instância para a Ciência seja validada em todos os setores. “Torcemos para que a ideia do Ministério seja validada e que não seja rejeitada por parâmetros econômicos, pelos altos preços ou porque já existem muitos ministérios. A ciência merece um papel de protagonismo”, defende.

O senador Guido Girardi, presidente da comissão Desafios do Futuro da Câmara Alta, agregou que, além de dar um papel central à Ciência, o orçamento do ministério da Ciência chileno “não pode ser o mais baixo da América Latina”.

Fonte: La Tercera/REUNA

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